Kleber quer sair do Palmeiras. É isso o que o vice-presidente de futebol do clube, Roberto Frizzo, disse ter ouvido do próprio atacante, em reunião na Academia de Futebol, no último sábado. Chamado de “mau-caráter” pelo Gladiador, o dirigente tornou público, nesta segunda-feira, detalhes da conversa que teve com o jogador.
- No sábado, Kleber sentou na minha frente e disse “eu quero sair”. Eu disse a ele que não queria que ele saísse, e ele respondeu: “Ah, mas tem fulano que ganha mais”. Tentei argumentar, dizendo que essa citação do atleta que ele está citando não fui eu que criei, foi a diretoria anterior, mas o Palmeiras honra seus compromissos. Isso não quer dizer que a gente não te reconheça - relatou Frizzo, em entrevista à rádio Estadão/ESPN.
Segundo o dirigente, Kleber, na sequência, tentou apelar para o lado emocional, expondo declarações da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim.
- Ele disse: “Ah, mas a Patrícia disse que me ama, que eu sou a cara do Flamengo.” Ora, ela é uma pessoa pública e fala para o eleitorado dela, está jogando para a torcida dela.
A proposta do Flamengo é de € 6 milhões (R$ 13,3 milhões). O clube carioca e o Gladiador já chegaram a um acordo. O Palmeiras reluta em liberá-lo. Mesmo ofendido, chamado de “mau-caráter” em entrevista, Frizzo tratou de minimizar as críticas e disse que há “clima” para o jogador permanecer no clube. Ele pretende mantê-lo no elenco.
- Eu quero, sim. É um atleta de qualidade. O grupo vem bem, eu compreendo a emoção dele, é um jovem, tenho um filho da idade dele. Falei a ele que é um rapaz de caráter, um profissional correto, sabe que tem contrato. O contrato dele é excelente, muito completo, prevê reajustes anuais.
Frizzo nega que esteja “jogando Kleber contra a torcida”, como afirmou o próprio atacante.
- Não o joguei contra a torcida. Só digo que é um grande atleta, de excelente rendimento, de caráter, e que tem um contrato, como qualquer atleta profissional com seu clube.
Para tentar manter Kleber no Palmeiras, Frizzo propôs um reajuste salarial a ser concedido em janeiro. Antes, seria feito um acordo com o departamento de marketing do clube para que novas ações fossem criadas e que Kleber ficaria com 70% do lucro desses produtos.
- Tudo isso foi conversado com ele e com o empresário (Giuseppe Dioguardi). Nós temos um contrato e o clube não é meu. Mas me diga qual o número e a gente vê se pode acomodar
- disse Frizzo.
- disse Frizzo.
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